15 dezembro 2005

Protecção de Menores

O governo anunciou a constituição de uma Comissão para avaliar o que correu mal no caso da menor de Viseu, vítima de brutalidade indescritível por parte dos pais.
O que só lhe fica bem.
Esperemos que não seja mais uma averiguação inconclusiva.
Sei que as Comissões de Protecção estão cheias de pessoas (pelo menos em grande parte) de boa vontade, mas a que falta o distanciamento, o discernimento, a objectividade, a firmeza que são precisos para encarar as situações de maior risco e em que se impõem as decisões mais drásticas, como seja, por exemplo, a retirada da criança aos pais.
Às vezes custa, e muito, tomar e, sobretudo, executar tal decisão.
Mas que é necessária para proteger o interesse do menor, mesmo que cause (pelo menos aparente) desgosto aos pais e familiares.
Penso que tal só se garantirá com o regresso dos juizes/procuradores a essas Comissões.