10 dezembro 2005

Souto Moura

Quem conhece José Souto Moura, sabe das suas elevadas qualidades éticas, morais e cívicas.
Humanista, culto, com senso de humor, grande conversador.
Magistrado brilhante, rapidamente chegou ao topo da carreira do MP.
Docente do CEJ prestigiado.
Membro destacado do Conselho Consultivo da PGR.
É este homem bom e magistrado brilhante que a mancha rosa quer, a todo o custo, afastar da PGR.
E tudo serve de pretexto: esta semana, o PGR reconheceu que na investigação do caso "Casa Pia" houve falhas e foram sofridas pressões.
Reconheceu o óbvio: há algum processo, da dimensão do que está em causa, com a complexidade investigatória e de recolha de prova conhecida, com litigância muita elevada, com o tipo de pessoas envolvidas, com o estilo de advocacia praticado, com a comunicação social metida "ao barulho", em que não se cometam erros, em que não sejam sentidas pressões (muitas das vezes difusas, vagas, de origem incerta e por isso as mais preocupantes...)?
A resposta é negativa.
Não há ninguém perfeito.
Não há ninguém que não cometa erros, falhas, lapsos, por melhor que esteja preparado tecnicamente, por mais experiência que tenha.
Ora, até o reconhecer do que é óbvio por parte do PGR - certamente solidário com a equipa de magistrados que dirigiu o processo - tem servido de arma de arremesso para a mancha rosa!
Agora é o senhor embaixador de Portugal não sei onde - o mesmo que se estava "c. para o segredo de justiça" - que vem com o insólito pedido de "recusa" do PGR!
Ao que isto chegou!
Haja decência senhores.
A bem de Portugal.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Souto Moura e nós portugueses, merecíamos um governo!!!

quinta-feira, 15 dezembro, 2005  

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